Motivos para continuar ❤️
Olá! Há quanto tempo...
Confesso que meus textos mais recentes, fora os que eu escrevi para a escola e publiquei aqui, não foram tão bons. Todos falavam sobre o mesmo assunto, o qual parece não ter solução. De qualquer forma, acho que escrever mais e mais sobre a mesma coisa, de um jeito pessimista e até chato, fazendo promessas, não adianta nada, e também não acrescenta na sua vida, leitor, por isso dei uma pausa no blog.
E hoje volto, não porque quero falar sobre outras coisas. Até tenho problemas sociais e ambientais com os quais me preocupo e tenho vontade de discorrer e discutir sobre, mas não sei... talvez eu precisasse de mais tempo, para me dedicar, talvez voltar a fazer vídeos para o YouTube, e quem sabe aumentar o alcance do que tenho para falar, por que acho que assim valeria mais a pena.
No entanto, como me encontro no meio de um furacão conhecido como Ensino Médio, e não estou conseguindo lidar com isso da forma mais adequada, me dedicar a essa minha vontade de me tornar uma comunicadora mais profissional não vai ser possível nesse momento. Assim, só voltei porque não quero que o blog pense que desisti dele. Quero que saiba que é parte importante de mim, e que sempre que eu puder, tentarei voltar, treinar e quem sabe me aperfeiçoar.
Mas para que esse texto não seja só um parecer, gostaria de atender a um pedido de um leitor, falando sobre amadurecimento.
Ele não é igual para todo mundo, mas o avanço da idade é sim inevitável para todos nós. Como já comentei aqui uma vez, certo dia, quando estava pesquisando sobre um álbum do Tim Bernardes, vocalista da banda O Terno, assisti a um vídeo em que ele descreve a transição do Tim que produziu seu primeiro álbum, introspectivo e pessimista, para o Tim do novo álbum, mais diverso e mais positivo, não como um ciclo, mas como subir uma escada em espiral.
Se usarmos essa fala como uma analogia ao amadurecimento como um todo, não só faz muito sentido, como também é reconfortante. Em um ciclo passaríamos pelas mesmas coisas, novamente, e com a mesma cabeça, tomando as mesmas decisões. Mas em uma espiral passamos sim pelos sentimentos e por situações parecidas, pertencentes às esferas de sempre, que são as do amor, do estudo e do trabalho, da família, entre outras, mas nunca do mesmo jeito.
Quanto mais vivemos, mais conhecemos nosso mundo, identificamos padrões, adquirindo inclusive a capacidade de prever onde determinada situação vai dar e escolher quais atitudes tomaremos, se tomaremos, para evitar que ela dê mesmo, ou fazer com que isso aconteça mais rapidamente.
Ou seja, independentemente de quantos anos você tem, da situação que está vivendo agora, e se está se sentindo magoado ou frustrado com alguma coisa, como se algo que cultivou por muito tempo, efetivamente ou na sua cabeça, tivesse morrido de repente, perceba que você já veio até aqui, que aprendeu muita coisa, que viveu coisas muito bonitas. Por isso, não, não é o fim, não é como se tudo tivesse acabado ou morrido, perdido o brilho ou o significado, a vida é sempre muito maior do que parece.
Dói, às vezes muito. Às vezes por muito tempo. Mas nunca do mesmo jeito.
Para encerrar, até porque eu nem tenho o tempo que estou gastando aqui, há uma música do Dani Black e do Milton Nascimento que minha mãe ama, e costuma ouvir quando a vibe cai, que se chama "Maior". A letra cita os altos e baixos, as iminentes mudanças, as contradições e as incertezas da vida, e ressalta que, em meio a tudo isso, "Eu sou maior do que era antes, estou melhor do era ontem. Eu sou filho do mistério e do silêncio, somente o tempo vai me revelar quem sou".
Link da música: https://youtu.be/mc1ANOYexlI?si=ZcNIkS9syLJZzHPw
Então, eu te desafio, a toda vez que estiver para baixo, se questionar, duvidar se a vida é realmente só isso, ou se talvez seja a hora de começar ou voltar a fazer aquela coisa que você sempre quis fazer, seja uma aula de canto, um curso de Inglês, estudar para a prova, ou um desenho que esteve na sua cabeça todo esse tempo. Peça ideias, se não conseguir pensar em nada, e procure pessoas, por mais difícil que esteja.
Não é o fim, o mundo só acaba quando morrermos, e eu não sei quanto a você, mas eu ainda não fiz tudo que quero fazer. Eu ainda nem sei tudo o que quero fazer. Há 5 anos não sabia o que era veganismo, e hoje é a primeira vez que tenho 15 anos, todos esses meses e alguns dias. Eu não sei o que é isso, nunca vivi isso antes, como posso dizer que acabou?
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