Por que suicídio não é a solução
Em um de seus vídeos, Ludo Viajante fala sobre Van Gogh, explicando que em determinado momento de sua vida, depois de tentar muito achar um significado para ela, ele começou a pintar quadros de coisas mais simples, cotidianas, como flores. Isso pode indicar que Van Gogh percebeu que era preciso focar mais no presente, talvez porque ele é a única coisa que podemos mudar.
Outra reflexão feita por Ludo é de que a única coisa da qual devemos ter medo é o tempo, porque ele não para, ele é o único que se mantém constante, e não há nada que possamos fazer para mudar isso. Se você fez ou não o que queria ou tinha que fazer, o tempo passou e as coisas não vão voltar a ser exatamente como eram, o que reforça ainda mais a importância de focar no agora.
Eu decidi escrever esse texto hoje depois de ouvir um episódio do Ludocast, em que o Ludo explica que Albert Camus acreditava que, perante o vazio existencial, devemos nos revoltar. No entanto, há um tempinho, eu assisti um filme chamado "Three Months", que conta a história de Caleb, um homem gay de 17 anos que tem que esperar três meses para saber se contraiu AIDS (essa sou eu fingindo que consigo resumir coisas).
Em uma das cenas, Caleb diz - espero não esquecer - que a morte não é um livramento, ela é simplesmente nada. De fato, não tem nada ruim, como sofrimento, desespero, ou solidão, mas também não tem nada de bom que você já tenha vivido em toda a sua vida. Nada de doces, músicas, amigos, ou qualquer coisa que já te fez sentir alegria. É o vazio. Logo, não podemos pensar que desistir, ou ainda, como diz o Ludo, "cometer suicídio" tanto literal, quanto filosófico, ou seja, se recusar a achar uma resposta para a sua questão, é também se revoltar, porque você estaria tentando combater o vazio com vazio.
Para encerrar esse pequeno bombardeio de reflexões, em um dos mais recentes vídeos do Tempero Drag, a Rita von Hunty conclui que quando se está cansado, não se deve desistir, e sim aprender a descansar.
É, a gente não vai conseguir fazer tudo que queremos ou temos que fazer, não dá pra abraçar todas as causas, ser amigo de todo mundo, não se machucar, então é preciso, como disse minha mãe esses dias, escolher nossas batalhas.
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