Sobre crises existencias

Em um dos vídeos de seu canal, a Jout Jout chama atenção para um fato perturbador: existem coisas demais no mundo. Objetos, pessoas, animais, sentimentos, áreas de conhecimento, letras de músicas, celebridades, comidas, línguas para se falar, lugares, histórias, muitas histórias, reais e inventadas, e essa é a terceira vez que eu penso em escrever "músicas" mas desisti porque eu já escrevi "letras de músicas". 


Com tantas informações e coisas que precisam ser feitas, a pessoa conclui que nada que ela fizer vai fazer muita diferença, porque não era nem para ela existir, ela pode ser facilmente substituída e quase tudo que pode ser feito já foi feito por alguém. Se você se pegou pensando nisso em algum momento, parabéns, você teve uma crise existencial.


Enquanto escrevo isso, não consigo parar de pensar na frase "fez dele razão pra se perder no abismo que é pensar em sentir", da música "Sentimental", da banda Los Hermanos. 


Veja só (adoro quando o Ludo Viajante fala isso ou "veja bem" nos vídeos dele), a Joy, do filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, fica tão cansada que decide pôr tudo em um só lugar, simplificar as coisas, dando a elas um só nome: A Rosquinha. É… às vezes isso é tudo que eu quero fazer. 


Mas é aquela história… Se todo mundo é bissexual, ninguém é bissexual. E, como o próprio Ludo já disse, se nada importa, tudo importa.


Ou seja, podemos nunca transcender, mas então vamos aproveitar o que já temos e tentar mudar as coisas aos poucos.


Eu sei, é clichê. Era algo mais ou menos assim que estava escrito em uma camiseta da Renner que a minha mãe olhou e disse "credo…", mas eu vou fazer o quê? Se estou em uma fase em que uma frase do tipo das que as tias gostam de pôr nos Stories, me comove, que seja… É, que seja. 


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